Doces, Compotas & Licores

Com o tempo, às receitas originais – com base numa combinação de açúcar e frutas – juntaram-se outros ingredientes, como as especiarias. O uso de canela, cravo, noz-moscada, entre outras, deixou as conservas, compotas e geleias mais sofisticadas e harmoniosas.

Embora sejam ricas em vários sais minerais e algumas vitaminas, as compotas não possuem grande valor nutritivo. A cozedura prolongada destrói grande parte das suas características, nutricionais. O seu consumo deve ser moderado, uma vez que pode atingir uma concentração de 70% de açúcar. No entanto, são elas que nos dão o prazer gustativo das frutas frescas e dos sabores de infância. Fazem parte das nossas memórias e da lentidão de outros tempos em que tudo era feito no compasso natural dos ciclos da natureza.

Existem diferenças entre aquilo que vulgarmente se confunde e se designa por doce, compota ou geleia ou conserva doce. Doce é o termo que designa um produto açucarado, resultado de fervura e em que o fruto tende a permanecer sem se desfazer completamente, não é triturado na totalidade, ficando com bocados que se distinguem. Compota é o termo aplicado quando os frutos usados tendem a desfazer-se e são usados em puré. Geleia é obtida do sumo de frutos fervido com açúcar, tem aparência de gel, textura de gelatina translúcida. Os frutos fervidos são coados num pano, apenas por gravidade. Conserva doce é o termo para designar a preservação do fruto inteiro ou parcialmente partido, numa calda açucarada. Existem ainda várias conservas salgadas que além do açúcar juntam ingredientes como o vinagre e/ou o sal.